A palavra a: quem esteve lá-Islândia

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Para começar o ano com ideias novas, inicio hoje uma rúbrica no blog, chamada A Palavra a, onde entrevisto viajantes acerca dum destino. Viajantes que estiveram lá, vivem (ou viveram lá), são desse país,  ou mesmo pessoas que são experts de certos destinos como quem trabalha na área de turismo para esse destino. (agentes de viagem por exemplo).

Penso que é uma maneira interessante de trazer novas histórias de viagens, tornar o blog um sítio de viagens mais interactivo onde também vocês podem contar as vossas experiências de viagens e ajudar os que planeiam ir lá ou de inspirar os que procuram um sítio para viajar!

As primeiras pessoas a quem vou dar a palavra são família: A minhã irmã Joana e o marido Gonçalo (sim, de momento os únicos que consegui coagir, sob ameaça de reter as prendas de Natal! kidding- fizeram o relato com o maior gosto e foram excelentes cobaias para esta nova rúbrica 🙂 )Vão-nos falar da Islândia, o destino de sonho de sempre da minha irmã, que visitaram na lua de mel. Aqui está, espero que gostem:

Porque decidiram ir à Islândia?

Em primeiro lugar porque era um dos destinos de sonho da Joana. Por ter a mística de um destino exótico, com uma beleza natural espantosa, achámos que a nossa lua-de-mel merecia um local diferente como este.

a Joana e o Gonçalo @ Jokulsarion

Como voaram para lá? Algumas dicas para procurar voos?

Voámos com 2 operadoras low cost. Ryan Air, para Londres, e Wow Air (low cost Islandesa), para Reykjavik. Procurámos os voos nos motores de busca (skyscanner e momondo) mas as opções que nos apresentavam eram mais caras ou tinham muitas escalas/muito longas. Equacionámos a hipótese de ir de carro até Alicante e voar direto de lá (a Wow air voa para Espanha) mas não compensava.

Melhor altura para ir? Como é o clima?

De junho a setembro. Agosto é o melhor mês pela temperatura (máximo histórico de 25 °C, nós apanhámos entre 5 e 17ºC, durante o dia), sendo que o sol só se põe pelas 22h. Por outro lado, em Junho os dias são ainda maiores (quase não há noite) e os preços são um pouco mais em conta. No inverno os dias são minúsculos, deve estar um gelo que não se pode, muitas estradas estarão intransitáveis mas podem ver-se auroras boreais com mais facilidade (setembro, outubro, fevereiro e março) e os preços serão mais baratos.

Melhor maneira de andar por lá? (autocarro, alugar carro- podem dizer alguns preços para termos uma ideia?)

A mais confortável é alugar um carro, sendo que fora das estradas principais pode ser necessário um 4×4. Os preços variam muito, mas para um carro mais pequeno ficará por 65€ por dia (em agosto) enquanto um 4×4 pode ir para os 130€. Encontrámos várias pessoas de autocarro (excursões), de bicicleta e à boleia.

Gullfoss

Onde se alojaram? Que tipo de alojamentos há? (e +- a que preços?)

A Islândia está muitíssimo bem preparada para receber turistas, percebemos depois de lá estar. Existe imensa oferta porque também há muita procura. Quase todas as quintas têm quartos ou bungalows para alugar. E mesmo as mais baratas têm condições muito decentes. Um albergue para dormir com saco cama pode custar + ou – 15€, enquanto um quarto para 2 pessoas num hostel anda pelos 100€. Outra opção é recorrer a uma autocaravana ou carrinhas adaptadas. Embora mais caro que um carro ou 4×4 normal, poupa-se imenso em dormidas e ainda dá para preparar refeições ligeiras. E, como dissemos, a Islândia está mesmo pronta para receber turistas sendo fácil de encontrar parques de campismo (muitos deles gratuitos) e sítios para a manutenção da autocaravana. Em todas as terrinhas há piscinas públicas, com excelentes condições, onde se pode tomar um reconfortante duche quente, depois de se relaxar nas piscinas de águas naturais.

Diz-nos alguns preços para ter uma ideia do custo de vida? (refeição mais barata, refeição num restaurante normal, um café, uma cerveja, etc…)

Na Islândia tudo é caro., exceto as coisas de supermercado que são mais ou menos como cá. Refeição completa mais barata, talvez pelos 20/25€. Uma sopa anda pelos 6/10€. A cerveja e outras bebidas alcoólicas só se vendem em liquor stores. Num bar/restaurante andaria pelos 5€. Um café é cerca de 2/3€. O mais barato é mesmo fazer compras num supermercado e cozinhar, visto que muitos alojamentos têm condições para isso. Nas terras “maiores” podem encontrar-se take-aways.

 

Quantos dias no mínimo? E idealmente?

Idealmente um mês. Ou mais, tal a variedade de paisagens e a oferta de passeios e outras atividades. No mínimo, uma semana (5-7 dias), ficando apenas pelo sul, visto ser a zona mais rica em atrações e variedade turística. Nós estivemos 9 dias, demos a volta à ilha, mas foi sempre a correr, sem tempo para realizar nenhuma “atividade extra”.

Qual o itinerário que fizeram? O que mais gostaram? O que valeu menos a pena? O que faltou ver?

Nós viajámos com a NordicVisitor que nos propôs um itinerário circular (pela Ring Road, que é a principal estrada Islandesa), começando pelo sul. Esta é a zona com mais atrações e maior variedade de paisagens, tendo sido a que mais gostámos. Ficámos pouquíssimo tempo na zona de Myvatn, onde valia a pena termos ficado pelo menos um dia, e não visitámos a zona noroeste da ilha.

Fjadrargljufur

Que pratos típicos há por lá?

Sobretudo borrego e peixe (salmão, bacalhau fresco, lagosta e outros). Um prato típico é carne de tubarão apodrecida. Não tivemos o prazer de experimentar… Adorámos o Skir que é uma espécie de danoninho, em embalagens de 250ml com uma variedade enorme de sabores. E com alto teor proteico e muito pouca gordura. Tão bom que até ponderámos importa-lo para Portugal.

Recomendam algum restaurante/Coffee shop/bar?

Não fomos a muitos (cozinhávamos ou fazíamos picnics). Mas um must é mesmo a barraca de cachorros quentes que está perto da Harpa, em Reykjavik. Pensámos que era um golpe publicitário, visto estar em todos os guias, mas foi mesmo o melhor cachorro quente que já comemos.

Souvenires interessantes a comprar?!

O mais característico são as malhas, com um padrão típico (lopapeysa). Também existem diversas peças de vidro “very tipical”. Encontra-se frequentemente à venda pedaços de lava solidificada mas em qualquer zona vulcânica andamos, literalmente, aos pontapés nelas. É só apanhar e trazer o belo recuerdo.

Como são os habitantes locais?

Quais habitantes? 200mil dos 300mil totais estão na capital! A 2ª maior cidade tem 17 mil. Tirando as pessoas ligadas ao turismo (todas, todas falam corretamente inglês) não conhecemos muitos. São nórdicos, vivem numa ilha gelada e estão muito dependentes de toda a geologia da ilha (a qualquer momento um vulcão pode entrar em erupção). Tendo tudo isto em conta, pareceram-nos muito simpáticos.

Atividades realizadas

Como dissemos, o tempo não chegou para realizarmos quase nada. Desde caminhadas nos glaciares, mergulho, passeios de cavalo, … haja tempo e dinheiro (sim, muitas são bastante caras…). A atividade que realizámos mais vezes e que deixou saudades foram as piscinas naturais e os hot pots. É espetacular estar mergulhado numa piscina de 40º quando cá fora estão 10º.  As piscinas naturais de Myvatn e a Blue Lagoon são as mais conhecidas e bonitas mas também as mais caras. Mas todas as terrinhas têm piscinas públicas, com os famosos hot pots onde as pessoas se encontram ao fim do dia para relaxar e conviver (seria o nosso “ir tomar um café”). Vale mesmo a pena!

Jardbodin

E vocês? Já estiveram na Islândia? Que fizeram de diferente? O que é que gostaram mais?

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